Treinamento em Análise Bioenergética

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TÉCNICAS I

Grounding (*)

(*) Exercícios de Bioenergética, A Lowen e L. Lowen

Exercício 2 / Flexão dos Joelhos

Fique de pé com os pés separados cerca de 20 cm, na sua posição normal. Observe se seus joelhos estão trancados ou fletidos, se seus pés estão paralelos ou virados para fora, se o seu peso está caindo no peito do pé ou atrás, nos calcanhares.

Agora dobre ligeiramente seus joelhos. Coloque os pés absolutamente paralelos. Leve o peso para a frente sem levantar os calcanhares, de modo que caia no peito do pé.

Devagar, dobre e estique os joelhos seis vezes, e depois fique nesta posição cerca de 30 segundos respirando normalmente.

Exercício 3 / Soltar a barriga

Deixe que a barriga se solte (abdômen inferior) tanto quanto possa ir. Respire normalmente por um minuto.
O propósito deste exercício é permitir que você sinta as tensões na parte inferior do corpo.

Exercício 4 / Arco

Este exercício é parecido com o precedente, exceto por exercer certa pressão (stress) no corpo para ampliar mais a respiração e para colocar mais força nas pernas. Se for feito corretamente, ajuda a liberar a tensão abdominal que torna a barriga saliente.

Fique de pé com os pés separados 40 cm, os artelhos virados ligeiramente para dentro.

Agora coloque ambos os punhos fechados com os polegares voltados para cima, na linha da cintura.

Dobre os joelhos tanto quanto puder sem levantar os calcanhares do chão.


Arqueie-se para trás, dobre seus punhos, mas preste atenção para que o peso do corpo continue sobre o peito dos pés. Faça respiração abdominal profunda.

Todos os exercícios em que a pessoa se arqueia para trás, tanto na posição de arco como sobre o banco de bioenergética são regularmente seguidos por um outro em que a pessoa se dobra para a frente. Isto não somente alivia a pressão (stress) e aumenta a flexibilidade do corpo como também promove a descarga da excitação produzida no exercício precedente. As vibrações nas pernas são tais descargas.

Exercício 1 / Exercício básico de vibração e grounding

Fique em pé com os pés separados cerca de 25 cm; artelhos ligeiramente voltados para dentro de modo a alongar alguns músculos das nádegas. Incline-se à frente tocando o chão com os dedos das duas mãos. Os joelhos devem estar ligeiramente dobrados. Não deve haver peso algum nas mãos; todo o peso do corpo deve cair nos pés. Deixe a cabeça pendurada o máximo possível.

Respire vagarosa e profundamente pela boca. Atenção para manter a respiração (esqueça de respirar pelo nariz por enquanto).

Deixe o peso de seu corpo ir para a frente, de modo que ele caia no peito do pé. Os calcanhares podem ficar um pouco erguidos.

Estique os joelhos devagar até que os músculos posteriores estejam esticados. Isto não significa, entretanto, que os joelhos devam ficar totalmente esticados ou trancados.


Fique nesta posição por um minuto maios ou menos.

Levante o corpo até a posição ereta, com os joelhos levemente dobrados. Relaxe, deixando a barriga solta e respirando normalmente.

Respiração(*)

(*) Exercícios de Bioenergética

Exercício 5 / Respiração abdominal

Deite-se no chão, sobre um tapete. Dobre os joelhos. Seus pés devem ficar totalmente apoiados no chão, separados uns 30 cm; artelhos ligeiramente voltados para dentro.

Alongue a cabeça para trás tanto quanto ela possa ir confortavelmente, para abrir a garganta. Coloque ambas as mãos na barriga, sobre os ossos pubianos, para que você possa sentir os movimentos abdominais. Respiração abdominal normal, com a boca aberta, por um minuto mais ou menos.

Exercício 5-A / Variação – Balanço da pelve

Agora, balance a pelve suavemente para trás, em cada inspiração, e traga para a frente na expiração. Faça isso respirando, durante um minuto.

Exercício 5-B / Variação – Expiração

Emita um som moderadamente alto, como um “ah”e mantenha o som tanto quanto agüentar, sem forçar. Quando parar, respire normalmente e comece de novo. Faça este exercício quatro ou cinco vezes e observe se a cada vez você consegue manter o som por mais tempo.

Cuidado para não forçar o som. Forçar o som ou a respiração apenas contrai mais sua garganta e produz tensão.

Talvez você descubra que a sua voz começa a tremer ao final do som. Você talvez comece a soluçar. Isto é certo. Deixe acontecer e chore à vontade, se o choro surgir espontaneamente. Chorar ajudará sua respiração mais do qualquer outro exercício.

Exercício 6 / Respiração e vibração

Aqui está outro exercício que irá ajudá-lo a respirar mais espontaneamente. Enquanto você estiver deitado no chão, coloque suas pernas para cima, no ar. Seus joelhos devem estar levemente flexionados. Dobre os tornozelos e empurre para cima, pelos calcanhares.


Suas pernas devem começar a vibrar.


Mantenha as pernas vibrando com os calcanhares projetados para cima.


Perceba que sua respiração vai se tornando mais profunda.


Mantenha suas nádegas contra o chão.


Após fazer este exercício por um minuto, coloque os pés de volta no chão, em posição de descanso.

Actings (*)

(*) Metodologia da Vegetoterapia Caractero-Analítica, Federico Navarro

Primeiro Acting:


Fitar um ponto no teto, perpendicular à cabeça, cuidando para não perdê-lo. Ao mesmo tempo, mantém-se a boca aberta. Duração: 20 minutos. Depois faz-se caretas e segue-se à verbalização.

Segundo Acting:


Propõe-se ao cliente fitar alternadamente um ponto no teto (sempre o mesmo, cuidando para não perdê-lo) e a ponta de seu nariz, com ambos os olhos. Ao mesmo tempo, estica-se ritimicamente os músculos labiais, simulando uma sucção, sugando o ar durante a inspiração e relaxando os lábios na expiração, durante 20 minutos. Em seguida, faz-se caretas e segue-se à verbalização.

Terceiro Acting:


Mover os olhos lateralmente para a direita e para a esquerda ao mesmo tempo em que mastiga-se e morde-se uma toalhinha. Duração: 20 minutos. Em seguida faz-se caretas e passa-se à verbalização

Quarto Acting:


Girar os olhos e mostrar os dentes. Duração: 20 minutos. Em seguida faz-se caretas e passa-se à verbalização.

Contato Visual (*)

(*) Bioenergética, A Lowen

A principal tarefa terapêutica no trabalho com os olhos é soltar o medo bloqueado que neles se oculta. Pra conseguir isso faço o seguinte procedimento:o paciente deita-se numa cama com os joelhos dobrados e a cabeça voltada para trás. Peço-lhe que assuma uma expressão de medo, erguendo as sobrancelhas, arregalado os olhos e escancarando a boca. As mãos ficam no ar , em frente ao rosto, cerca de quarenta e cinco centrímetros longe do mesmo, as palmas voltadas para fora e os dedos abertos, numa atitude de proteção. A seguir, debruço-me sobre o paciente e peço-lhe que olhe diretamente dentro dos meus olhos, enquanto eu fico a cerca de trinta centrímetros dele. A despeito do fato de o paciente estar numa posição de vulnerabilidade e de ter assumido uma expressão de medo, poucos permitem-se sentir assustados. É freqüente olharem para mim sorrindo, como se dissessem: \’Não há motivo para ter medo. Você não vai me fazer nenhum mal porque sou um menino bonzinho”. Para poder suplantar esta negação defensiva, aplico pressão com o polegar sobre os músculos risórios de ambos os lados das abas do nariz. Isto impede que o paciente sorria e retira a máscara de seu rosto.

Se for feito corrtetamente (e devo acrescentar que é uma manobra que exige habilidade e experiência consideráveis), o procedimento trará à tona um sentimento de medo e talvez até elicie um grito, como se a defesa contra o medo desaparecesse. Fazer com que o paciente emita um som antes de aplicar-lhe a pressão provoca a descarga do grito. Deixo de fazer pressão quando o grito se inicia mas, em muitos casos, o grito perdurará mesmo depois de retirada a pressão, enquanto os olhos permanecerem arregalados. No entanto, há poucos pacientes que reagiram espontaneamente a uma expressão de medo por meio de um grito. Alguma não reagem nem mesmo quando se lhes aplica pressão. Nesses casos, a defesa contra o medo tem raízes muito fundas.

Depois do grito, geralmente peço ao paciente que estenda o braço e toque o meu rosto com suas mãos. Descobri que o grito solta o medo e abre caminho para sentimentos de ternura e amor. Ao olharmos um par a o outro, os olhos do paciente se amolecem e enchem de lágrimas, enquanto o desejo de contato comigo (na qualidade de substituto do pai ou mãe) se avoluma em seu peito. O procedimento termina normalmente num abraço apertado, durante o qual o paciente soluça profundamente.

Como já mencionei, este procedimento não funciona todas as vezes. Muitos pacientes estão por demais assustados com seu próprio medo para permitiram que este venha à superfície. Quando isto acontece o efeito é dramático.

Há vários outros procedimentos que podem ser empregados para mobilizar os sentimentos nos olhos. Um deles é importante de ser descrito: uma tentativa de trazer o paciente para fora, por meio dos olhos, fazendo-o contatar com os meus.

Neste procedimento, o paciente também está deitado na cama, na mesma posição. Debruço-me sobre ele e peço-lhe que estenda os braços e toque meu rosto com as mãos. Coloco meus polegares em suas sobrancelhas e com um movimento delicado e apaziguador tento desmanchar alguma manifestação de ansiedade ou de preocupação, que porventura encontre, capaz de provocar o tensionamento desta região. Ao olhar suavemente dentro dos olhos do paciente, geralmente vejo uma criancinha prestando atenção em mim por trás de um muro, ou por uma fechadura, com vontade de sair para fora mas sem ousar fazê-lo. Esta é a criança mantida oculta no mundo. Posso dizer-lhe: “Venha para fora e brinque comigo. Está tudo bem “. \’E fascinante verificar a resposta dada, quando os olhos relaxam e o sentimento flui até eles e, por intermédio destes, até mim. Aquela criancinha deseja desesperadamente sair e brincar, mas está morta de medo de magoar-se, de ser rejeitada ou de que riam na sua cara. A criancinha necessita do meu apoio para sentir-se segura e aventurar-se e, em especial de ser tocada amorosamente. E como é bom sair e descobrir-se aceito.

Uma experiência como esta poderá ser a primeira vez, num longo período de tempo, em que o paciente tenha revelado e reconhecido a criança que se oculta dentro de si. Mas assim que esta identificação é feita a nível consciente, está aberto o caminho para a análise e para a elaboração de todas as ansiedades e medos que forçaram a criança a esconder-se e a enterrar seu amor. Porque a criança é amorosa e é esse o amor que não ousamos expressar na ação por meio dos olhos, com nossas vozes e com nossos corpos.

Todas estas reações são anotadas e discutidas e são o melhor grão Para o moinho terapêutico na medida em que são experiências imediatas e convincentes. Depende muito, evidentemente, da sensibilidade do terapeuta e de sua liberdade em fazer contato, em tocar e ser tocado, e principalmente de sua capacidade de manter-se isento de qualquer envolvimento emocional com o paciente.

Exercício de cair (*)

(*) Bioenergética, A Lowen

Coloco um cobertor bem macio dobrado, ou um colchão no chão, pedindo ao paciente que fique de pé à frente dele, para que ao cair, faça-o sobre a superfície macia. Ninguém se machuca com este exercício e até hoje não aconteceu acidente algum. Enquanto a pessoa fica em pé à minha frente, tento formar uma imagem de sua atitude, de modo como se coloca no espaço, do modo como fica em pé no mundo. A elaboração desta imagem requer habilidade na leitura da linguagem corporal, experiência com tipos diversos de pessoas e uma boa imaginação. Neste momento, em geral, já consigo formar alguma idéia da pessoa, de seus problemas e história. Mas quando não consigo obter uma impressão nítida da atitude da pessoa, valho-me deste exercício para que revele qual o problema que a mantém em suspenso, obcecada.

A seguir, peço para que a pessoa desloque todo seu peso para uma das pernas, dobrando totalmente o joelho. O outro pé toca de leve o chão, sendo usado para equilíbrio. As instruções são muito simples. A pessoa tem de ficar nessa posição até cair, mas não deve deixar-se cair. Deixar-se abaixar conscientemente não é cair porque a pessoa controla a descida. A queda, para ser eficiente, deve comportar um caráter involuntário. Se a mente estiver voltada para a manutenção da postura, a queda irá representar a liberação do corpo de seu controle consciente. Dado que a maioria das pessoas tem medo de perder o controle de seus corpos, esta é uma prova evocadora de ansiedade.

O objetivo desse exercício é por a nu as obsessões que mantém a pessoa em suspenso e que dão origem à ansiedade de cair. O exercício testa ao contato que aquela pessoa tem com a realidade.

O exercício torna-se mais eficiente quando a pessoa deixa que seu corpo desmorone no chão enquanto está apoiado numa só perna. É necessário encorajar a pessoa para que deixe o peito cair e respire livremente, para deixar que os sentimentos apareçam. Insisto também par que repita em voz alta: “Vou cair”, já que é isto que vai acontecer.

Não é raro a pessoa afirmar espontaneamente: “Não vou cair”. Poderá ser dito com determinação, às vezes até com os punhos cerrados.

Exercício de entrega ou rendição – Variação(*)

(*) Manual de Treinamento para Análise Bioenergética


O mesmo exercício anterior sendo que o paciente poderá usar a mão direita repousando suavemente sobre um suporte ou cadeira que deverá estar ao seu lado. O braço esquerdo está estendido e a mão tocando levemente o colchão.

O paciente é aconselhado a respirar com facilidade e se manter nesta posição o maior tempo possível. Ele é informado que quando não agüentar mais esta posição, se deixe cair.

A perna direita deve apresentar um tremor antes do paciente se deixar cair. Se isto não acontecer, significa que não está permitindo nenhum sentimento fluir através da perna. Neste caso, eu recomendo que se faça o paciente estender e dobrar a perna direita algumas vezes para aumentar a sensação nela.

O exercício é repetido com a perna esquerda quer na mesma posição ou girando e se colocando na posição oposta. Geralmente faço cada pessoa executar duas quedas com cada perna. Uma só não é suficiente para evocar o medo de cair. Três quedas talvez seja demais e só ocasionalmente faço uso dessa quantidade.

Freqüentemente os pacientes rompem no choro depois que caem. Há uma sensação de segurança no fato de estar no chão depois da queda e descobrindo que não está destruído, nem sozinho, nem abandonado, nem humilhado, nem derrotado.

No momento da quarta queda, sugiro à pessoa dizer “eu me rendo”enquanto cai. Dizer estas palavras, ao mesmo tempo que está caindo, faz com que a experiência pareça real. É regra geral que na combinação das palavras com a ação corporal, dá-se a integração do ego com o corpo.

INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS PARA TÉCNICAS

1. Exercícios de Bioenergética, Lowen, A e Lowen, L
2. Bioenergética, Lowen, A
3. A Espiritualidade do Corpo, Lowen, A
4. Manual de Treinamento para Análise Bioenergética
5. O Labirinto Humano, Baker, E. F.

Exercícios Para Trabalhar o Grounding (*)

INSTRUÇÕES GERAIS:
1.Os exercícios de bioenergética deverão ser praticados com a maior precisão possível, para que se obtenham os resultados esperados.
2.Procurar sempre prestar atenção para a respiração, que deve ser longa e profunda, incluindo o peito e o abdômen. Lembre-se que a respiração é a chave do “controle” emocional.
3.Lembrar sempre de deixar os joelhos flexionados e soltos, para permitir o fluxo energético no corpo e sua descarga na Terra.
4.Estar atento às tensões e sensações corporais, procurando relaxá-las com a respiração. Ídem aos sentimentos, pensamentos, lembranças, imagens.
5.Acolher e expressar as emoções sejam elas quais forem.
6.Emitir sons e palavras ou frases que vierem à mente
7.Atentar para as dificuldades e bloqueios corporais e/ou psicológicos, observando como se apresentam. Eles são as resistências (defesa) do seu organismo à mudança.
8.Os exercícios deverão ser realizados sem esforço e sem exigência. Cada um deverá observar seus limites. Os efeitos serão progressivos, bem como sua tolerância a eles.

N.1: FLEXÃO DOS JOELHOS

Este exercício, é também denominado de BASE, pois todo o trabalho bioenergético se inicia nele. Lowen, retirou o cliente do divã e o colocou em pé, ou seja, na base. Proporciona sensações nos membros inferiores, pernas e pés, percebidas como vibrações, tremores ou formigamentos. Significa o fluxo energético em direção descendente, para descarga e troca com na Terra. Além de fortalecer as pernas, desenvolve sua sensibilidade e sentimentos de segurança e firmeza.

Descrição: em pé com os pés separados, cerca de 20cm, absolutamente paralelos e com os joelhos ligeiramente fletidos ou dobrados, a bacia solta . Levar o peso do corpo para a frente, sem levantar os calcanhares do chão, de modo que o peso caia no peito do pé. A coluna reta, porém sem enrijecer, a cabeça erguida e alinhada, olhando para frente, na horizontal. Ombros, braços e mãos pendentes e relaxados.Mandíbula solta, garganta relaxada, lábios entreabertos.Relaxar o tórax e o abdômen, de modo que a respiração seja plena e profunda.

Variação: se você tiver dificuldade para sentir as vibrações, poderá acentuar o exercício, dobrando e esticando devagar os joelhos algumas vezes e depois voltando a posição original, respirando normalmente.

Se sentir dor, procure permanecer em contato com ela, expressando-a, através de sons gemidos ou queixas. Quando os músculos relaxam, a dor acaba desaparecendo.

Procure ficar atento à sua respiração e tensões no corpo, buscando um relaxamento. Ídem aos sentimentos, pensamentos, lembranças e imagens. Esteja aberto para acolher e expressar emoções que possam surgir.

N.2: ARCO


Este exercício exerce certo stress no corpo, para ampliar mais a respiração e para colocar mais força e sensibilidade nas pernas. Ajuda a liberar a tensão abdominal e a fazer contato com uma qualidade de energia agressiva (irritação, raiva). É um exercício de carga energética.

Descrição: em pé com os pés separados cerca de 40cm, os artelhos virados ligeiramente para dentro.Coloque ambos os punhos fechados, com os polegares voltados para cima, na linha da cintura(região lombo-sacra). Dobre os joelhos tanto quanto puder, sem levantar os calcanhares do chão. Arquei-se para trás, empurrando os punhos e movendo a pélvis para frente.Aproxime um pouco os cotovelos. O peso do corpo deve permanecer sobre o peito dos pés.A cabeça deverá ser mantida alinhada e não para trás. Olhos abertos, olhando na horizontal, fazendo contato. Respiração abdominal profunda. Você poderá emitir sons junto com a expiração do ar, deixando-os tornar-se cada vez mais audíveis e longos.

Variação: para ajudar a fazer contato com a energia agressiva, tencione o maxilar inferior puxando-o para a frente, mas sem trancar os dentes, procurando mostrá-los.

N.3: EXERCÍCIO BÁSICO DE VIBRAÇÃO E GROUNDING


Todos os exercícios em que a pessoa se arqueia para trás, são regularmente seguidos por um outro em que se dobra à frente, para relaxamento e descarga energética.

Descrição: dobre-se lentamente para a frente até as pontas dos dedos tocarem o chão sem colocar nenhum peso neles. Solte completamente a cabeça , o pescoço, ombros e braços, mantendo-os pendentes. Olhos abertos. Deixe que o peso do corpo fique apoiado sobre a ponta dos pés e não sobre as mãos e calcanhares. Joelhos flexionados. Lentamente vá esticando as pernas até sentir um ponto onde as vibrações começam. Não tranque os joelhos. Respire normal e profundamente durante um minuto ou mais ou durante 25 ciclos respiratórios. Quando desejar, eleve o corpo muito lentamente, vértebra sobre vértebra a partir da pélvis até a posição ereta, mantendo os joelhos levemente dobrados. Relaxe deixando o abdômen solto, respirando normalmente.

Variação: para incrementar as vibrações, você poderá flexionar e esticar as pernas repetidamente, porém lentamente. Os movimentos deverão ser mínimos, mantendo os joelhos flexíveis.

(*) Os exercícios foram extraídos e adaptados dos livros de Lowen, Exercícios de Bioenergética e A Espiritualidade do Corpo

Técnicas II

Trabalho com o “Stool” ou banco de Bioenergética (*)

(*) Adaptado do livro Exercícios de Bioenergética, A Lowen e L. Lowen

Deitar-se sobre o Stool ou banco de bioenergética é uma parte importante do trabalho bioenergético com o corpo. Ajuda a alongar os músculos contraídos das costas o que, de outra forma, é muito difícil de se conseguir. Ajuda a respirar mais profundamente sem se fazer um grande esforço consciente. Se você se deita sobre o banco e consegue relaxar nessa posição tensionante, sua respiração torna-se espontaneamente mais profunda. Você não tem de se esforçar para conseguir isto. Da mesma forma, a própria posição alonga e alivia os músculos tensos da costas. Alem do mais, ajuda a entrar em contato com os conteúdos psicológicos interiores e na expressão de sentimentos e emoções. Ou seja, traz à luz da consciência o material inconsciente para ser vivenciado e analisado.

O banco de bioenergética usado agora é uma adaptação do banco de madeira para cozinha usado originalmente. O banco tem 60 cm de altura e o tampo 15 ou 20 cm. Como em sua versão original, o banco tem pernas abertas e ligadas por cruzetas que dão uma base sólida e larga. Uma baqueta de madeira de 2,5 cm é colocada abaixo do assento e se projeta 12 a 15 cm de comprimento, em ambos os lados. Servem para você se segurar e ajudam no momento de se levantar do banco.

Existem várias formas de trabalhar com o banco. O exercício básico é deitar-se com as costas sobre o banco, ao nível da parte inferior dos omoplatas, na mesma linha dos mamilos. Este nível está perto de onde os brônquios (duto aéreo) se dividem em dois ramos, cada um dirigindo-se para um dos pulmões. É uma área de constrições severas, na maioria das pessoas. Ao deitar-se no banco, a pessoa estica os braços para trás, alcançando com as mãos uma cadeira colocada logo atrás do banco.

Exercício 83 / Deitar-se sobre o banco

Para ficar sobre o banco com facilidade, fique de pé indo com as costas para trás e apoiando as duas mãos no tampo atrás de você. Então, bem devagar, vá baixando suas costas até que elas se apoiem no tampo e deixe os braços soltos. O banco agüentará o seu peso. Agora vá levantando os braços até alcançar a cadeira atrás de você. Dobre os joelhos, mantendo os pés totalmente apoiados no chão.

Fique deitado no banco o quanto for razoável para você, mais não mais de um minuto, da primeira vez. Tente sentir o que vai acontecendo com o seu corpo.

Quando você for levantar, não o faça imediatamente. Levante a cabeça e coloque as mãos cruzadas atrás dela como suporte. Esta é a posição de descanso que permite à respiração profunda continuar sem tensão.

A dor em geral desaparece com a prática, à medida que os músculos das costas relaxarem. Com o tempo, o exercício pode se tornar até prazeroso.

Quando o abdômen está fortemente contraído, o alongamento dos músculos abdominais nesta posição pode ser algo doloroso. Esta dor desaparece quando estes músculos relaxarem com a respiração profunda.

Se você sentiu alguma dor na parte inferior das costas é sinal de uma considerável tensão nesta área.

Se você conseguiu sentir seus pés no chão, você deve ter percebido uma carga ou excitação fluindo para eles, manifestada por um formigamento ou outras parestesias (sensação de alfinetadas) ou formigamento nos braços e face.

Se você teve algum problema para respirar ou se sentiu sua garganta apertada ou com certa sufocação, isto é um sinal de que inconscientemente você está se contendo para não respirar profundamente. Você pode superar este problema, até certo ponto, emitindo um som enquanto expira. A sensação de sufocação pode ser causada também por um bloqueio do impulso de chorar, isto é, de “sufocando”. Se você sente este impulso tente expressá-lo. Uma técnica que pode ajudar nesse momento é pedir ao cliente que respire profundamente procurando forçar a expiração esvaziando completamente o pulmão. Ao mesmo tempo em que exala o ar pede-se-lhe que emita um som “ah” o mais longo e mais alto possível e ao final da expiração “ah, ah, ah” até esvaziar completamente, simulando o som de um choro.

Se você percebe o seu cliente com grande tensão e rigidez no pescoço, você pode trabalhar a musculatura tentando alivia-lo, pressionando e massageando os músculos do pescoço especialmente o esternocleidomastoídeo e o osso hioídeo e seus músculos, bem como a laringe levemente, no sentido da fúrcula esternal até o queixo.

Caso a boca esteja contraída pede-se ao cliente para abri-la o mais que puder e ao mesmo tempo massageia-se e pressiona-se os músculos da face, especialmente os masseteres.

As vezes a necessidade de eliciar o reflexo do vômito, ou da tosse pressionando-se a laringe na fúrcula esternal.

Ao final levante-se para a posição de descanso com as mãos atrás da cabeça e respire tranqüilamente por um pouco de tempo.

Quando você decidir sair do banco (você não deve ficar mais de dois minutos por vez), coloque as mãos sobre o tampo ou nas baquetas e empurre-se para cima até ficar sobre seus pés.

Depois de ter estado no banco em qualquer posição, você deverá inverter a posição de arco, dobrando-se para a frente. Veja Exercício Básico de Vibração e Grounding descrito em Técnicas I.

Você deve notar que em todos os exercícios de bioenergética, o movimento feito numa direção é seguido de outro na direção oposta. Tal procedimento aumenta a flexibilidade do corpo e, por extensão, a flexibilidade da personalidade.

Exercício 84 / Diferentes posições no banco

O banco de bioenergética é usado para alongar e relaxar todos os músculos das costas. No exercício anterior a pressão foi localizada na parte superior das costas. Mas pode ser também dirigida a outras áreas das costas, simplesmente se apoiando mais para cima ou para baixo no banco. Se você se deitar no banco com o tampo no meio das costas, a pressão (stress) afetará os músculos desta área, assim como o diafragma, que tem sua inserção nas vértebras medianas.

O banco pode ser colocado na frente de uma cama para lhe dar maior segurança quando se inclinar para trás.

Apoie-se nas mãos sobre o banco atrás de você e deixe o meio das costas apoiar-se no tampo do banco.

Se a pressão (stress) for muito grande, levante-se para a posição de descanso descrita acima. Depois tente voltar para o banco novamente. Desde que a tensão é uma expressão de medo, você vai achar o exercício mais fácil à medida que se familiarizar com ele.

Se puder, deixe os braços irem por cima da cabeça até tocarem a cama atrás de você.

Fique nesta posição cerca de um minuto, respirando e sentindo seu corpo. Volte para a posição de descanso e permaneça por trinta segundos.

Quando você sair do banco, dobre-se para a frente como no exercício básico de vibração e deixe suas pernas vibrarem um pouco.

Exercício 85 / Alongamento da região lombar das costas

No começo a maioria das pessoas acha este exercício muito extenuante.

Com a prática, ele vai se tornando um pouco mais fácil. Nós o usamos regularmente nas sessões de terapia, para relaxar os músculos da região lombar das costas e para abrir a pelve.

O banco deve estar em frente da cama. Se esta for muito baixa, coloque uma almofada para sobre ela apoiar a cabeça. Fique de pé, dando as costas para o banco, coloque as mãos no tampo e deite sobre ele a parte inferior das costas.

Deite-se sobre o banco, deixando a cabeça repousar sobre a almofada ou cama.

Deixe as mãos soltas, apoiadas nas baquetas do banco, até você se sentir relaxado. Permaneça com os pés completamente apoiados no chão.

Permita-se acompanhar a dor da parte inferior das costas e respire tranqüila e profundamente.

Tente deixar a pelve pendida. Não fique nesta posição mais de um minuto, e levante-se para a posição de descanso quando a dor for muito forte. Sua habilidade para tolerá-la depende do quanto a parte inferior das costas esteja distensionada.

Se você sentiu como se suas costas fossem se quebrar, esta sensação representa um medo intenso.

Quanto mais você relaxar nessa posição mais profunda será sua respiração.

Dobre-se para a frente tal como depois do exercício anterior, para que as vibrações nas pernas ocorram novamente. Você agora poderá ter vibrações fortes através da área pélvica.

Exercício 86 / Alongamento pélvico

Neste exercício, coloque as nádegas no banco e arqueie o corpo para trás. O banco deve estar na frente da cama e sua cabeça apoiada nela. Segure nas baquetas com as duas mãos. Seus pés ficarão fora do chão.

Deixe que os pés fiquem pendurados, fazendo pressão para baixo com os calcanhares.

Permaneça nesta posição por um minuto, respirando tranqüilamente.

Segurando com firmeza nas baquetas, levante os pés no ar e empurre vigorosamente os calcanhares para cima, flexionando os tornozelos. Suas pernas deverão vibrar nitidamente nesta posição.

Para sair do banco, dê um forte impulso, com as pernas para baixo, enquanto segura as baquetas. Este impulso fará com que a parte superior do corpo se levante do banco e com que seus pés atinjam o chão.

Exercício 87 / Espernear, usando o banco

É uma variação do precedente e tem como objetivo levar carga mais forte as pernas enquanto a pelve está estendida.

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